Repito pra ti que quero que você seja feliz
porque eu tenho certeza de que você não é
A torre quebrou
mas seus olhos continuam iguais
quando não estão vendados
Todos os seus elogios me ofendem
Textos postados na mesma hora que são cuspidos, sem normas gramaticais, ou títulos (as vezes com título).
Sonhei que estava em uma prisão, e os presidiários eram como pequenas sementes,
eu me pendurava em uma grade e ficava de cabeça para baixo
minha calça estava rasgada, os presidiários saiam do modo semente
se tornavam pessoas e ficavam olhando para o rasgo da minha calça
dava pra ver minha bunda
Eu continuei pendurada
Que padre vai lavar esses pés
Mãos como garras
Corpo lânguido pendente para um único lado
As unhas sujas contrastam com a bolsinha delicada
Olhando o corpo que de tão letárgico parece morto, penso que esse
corpo já coube em um bebê
Todo corpo já foi bebê
Uma passageira se compadece e tenta acorda-lá
Todos param pra ver se a moça está viva
Um outro passageiro pede para não acorda-lá, diz que a moça respira e
termina dizendo ''aqui tá quentinho, vocês não sabem o frio que é a rua''.
Um túnel acaba de se abrir na minha frente, e eu começo a caminhar pra dentro dele, conforme eu caminho mais e mais, noto figuras que estavam escondidas no breu, essas figuras vão tomando forma a medida que me aproximo delas. Tenho impressão que eu já as vi antes, mas não consigo lembrar de onde as conheço. Percebo também que o corpo dessas criaturas é fosco, mas que ainda estão depositados restos de uma espécie de material brilhante nesses corpos. Corpos que já foram brilhantes e agora são foscos e sem graça. Por mais que eu fizesse esforço, eu jamais reconheceria essas figuras de novo. Eu saio do túnel, e tudo fica pra trás.
Repito pra ti que quero que você seja feliz porque eu tenho certeza de que você não é A torre quebrou mas seus olhos continuam iguais qu...